quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Relatório da primeira experiência

Questão-problema:

Como actuam os agentes antibióticos sobre as bactérias?

Material:

• 200 g de carne de frango;
• 0,5 l de água;
• 4 g de mel;
• 0,5 g de bicarbonato de Sódio;
• 4 g de agar;
• Balões de Erlenmeyer;
• Funil;
• Papel de filtro;
• Algodão;
• Papel de alumínio;
• Panela de pressão;
• Caixas de Petri;
• Pipetas;
• Tubos de ensaio;
• Água esterilizada.

Protocolo Experimental:

• Cozer o frango na água e verter o caldo resultante para o balão de Erlenmeyer;
• Filtrar 200 ml do caldo nutritivo obtido, utilizando o funil e o papel de filtro;
• Adicionar 4 g de mel;
• Adicionar 0,5 g de bicarbonato de sódio;
• Adicionar 4 g de agar;
• Vedar correctamente o balão com o filtrado com algodão e papel de alumínio e ferver em pressão durante 20 min;
• Distribuir pelas caixas de Petri, no interior de uma câmara de fluxo, de modo a evitar contaminação externa;
• Deixar arrefecer e solidificar o meio de cultura;
• Manter uma caixa de meio de cultura estéril (controlo);
• Abrir uma cápsula de Lacteol e de Antibiophilus (medicamentos com bactérias) em tubos de ensaio com 3 ml de água esterilizada e agitar bem;
• Pipetar uma gota da suspensão para as caixas de Petri;
• Preparar os antibióticos disponíveis de acordo com as instruções do fornecedor;
• Pipetar uma gota de antibiótico para as caixas de Petri;
• Colocar as culturas numa estufa, a cerca de 25º C.

Nota: Optámos por pipetar cada tipo de suspensão bacteriana para quatro caixas de Petri. Em uma de cada tipo não colocámos antibiótico, para que se possa comparar o crescimento bacteriano normal com o crescimento em presença de antibióticos. Em cada uma das restantes três colocámos os três tipos de antibióticos de que dispúnhamos.















Fig. 1 – Filtração do caldo nutritivo.





















Fig. 2 – Adição do agar.



















Fig. 3 – Repartição do meio de cultura pelas caixas de Petri;



















Fig. 4 – Arrefecimento do meio de cultura no interior da câmara de fluxo;





















Fig. 5 – Colocação da suspensão bacteriana num dos meios de cultura.




















Fig. 6 – Aspecto de um meio de cultura logo após a inoculação.



Observações:

Após quatro dias, as amostras não apresentam crescimento bacteriano e verifica-se que várias caixas de Petri sofreram contaminação fúngica.























Fig. 7 – Início da contaminação fúngica (mancha esverdeada à direita) e antibiótico (mancha à esquerda). Crescimento bacteriano não observável. O mesmo se verifica em todos os outros meios de cultura, embora haja graus de contaminação fúngica mais reduzidos.


Após sete dias, as amostras estão fortemente contaminadas por fungos, sendo impossível observar quaisquer resultados.


















Fig. 8 – Contaminação fúngica muito avançada. O mesmo se observa em todas as caixas de Petri, embora algumas tenham bastante menor grau de contaminação. Nenhuma apresenta vestígios de crescimento bacteriano. As manchas esverdeadas e a mancha branca são fungos. Os limites esbranquiçados são constituídos por cílios (prolongamentos celulares que lhes permitem a nutrição).


















Fig. 9 – Caixa de Petri com muito menor grau de contaminação, mas sem qualquer desenvolvimento bacteriano. A mancha escura é constituída por fungo, o contorno branco é formado pelos seus cílios. As manchas esbranquiçadas que percorrem transversalmente a caixa de Petri resultam de condensação no interior da caixa, não representando qualquer organismo vivo.


Conclusões:

A experiência foi mal sucedida, uma vez que a forte contaminação fúngica impediu que se observasse a acção de antibióticos sobre agentes bacterianos, impossibilitando a tirada de conclusões.
Recorrendo a um protocolo alternativo, tentaremos uma experiência mais bem sucedida, com o mesmo objectivo.




Marta Mariano

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