quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Alexander Fleming - O pai dos antibióticos

Uma nova era abriu-se para a medicina com a descoberta acidental da penicilina por Fleming. O primeiro de uma longa série de antibióticos tornou facilmente curável grande número de doenças anteriormente fatais.

Alexander Fleming nasceu em 6 de Agosto de 1881, em Lochfield, no condado escocês de Ayr, no Reino Unido. Formou-se na escola de medicina do Hospital Saint-Mary, em Londres, e logo começou a pesquisar os princípios activos anti-bacterianos, que acreditava não serem tóxicos para o tecido humano. Durante a primeira guerra mundial, serviu no corpo médico da Marinha, sem interromper as pesquisas. Terminada a guerra, foi nomeado professor de bacteriologia do Hospital Saint-Mary e, mais tarde, director adjunto. Em 1921, Fleming identificou e isolou a lisozima, uma enzima bacteriostática (que impede o crescimento de bactérias) presente em certos tecidos e secreções animais, como a lágrima e a saliva humana, e na albumina do ovo.

Em 1928 era professor do colégio de cirurgiões e estudava o comportamento da bactéria Staphylococcus aureus quando observou uma substância que se movia em torno de um fungo da espécie Penicillium notatum, demonstrando grande capacidade de absorção dos estafilococos. Fleming baptizou essa substância com o nome de Penicilina e, um ano mais tarde, publicou os resultados do estudo no British Journal of Experimental Pathology. Não pareciam então promissoras as tentativas de aplicar esse material ao tratamento das infecções humanas, devido à sua instabilidade e falta de potência. Anos depois, um grupo de pesquisadores da Universidade de Oxford interessou-se pela possibilidade de produzir Penicilina estável para fins terapêuticos. Uma década após a publicação da pesquisa de Fleming, os americanos Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey conseguiram isolar a Penicilina em estado anidro, ou seja, na ausência de humidade. Em 1941, o novo produto começou a ser comercializado nos Estados Unidos, com excelentes resultados terapêuticos no tratamento de doenças infecciosas.

Fleming foi reconhecido universalmente como descobridor da Penicilina e eleito membro da Royal Society em 1943. Um ano depois, foi sagrado cavaleiro da coroa britânica. Em 1945, Sir Alexander Fleming obteve novo reconhecimento pelo seu trabalho de pesquisa ao receber o Prémio Nobel de Fisiologia e Medicina, junto com os americanos Chain e Florey. O cientista teve oportunidade de acompanhar a repercussão de sua descoberta e a evolução dos antibióticos, medicamentos dos mais utilizados no mundo e responsáveis pela cura de doenças graves, como a tuberculose. Morreu em Londres, em 11 de Março de 1955, com 74 anos.


Mónica Sardinha

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